Order out of Chaos.Primeiro dividiram para reinar,agora do caos sairá a nova ordem.'Os fins justificam os meios' é também um dos seus motos. http://senhoresdomundo.blogspot.com/2005/06/os-senhores-do-mundo.html

Tuesday, May 03, 2005

A Idiologia dos Senhores

"Em política,até ao presente tem havido duas classes de homens que vos dirigem e ensinam:os
conservadores e os destrutores.Ambos saem dos colégios.Uns,contentes com o seu quinhão,falam-vos do Dever e da Monarquia;ou outros,descontentes com a sua sorte,pregam-vos os Direitos e a República.
O facto é que eles precisam de vós,os primeiros para conservar tranquilamente a sua situação,os segundos,para ocupar a dos primeiros,e tornarem-se assim os novos conservadores.
Depois a política tem sido,até ao presente,não uma ciência,mas uma péssima arte de expedientes
para uso dos ambiciosos,um jogo de azar,uma roleta,o pior dos jogos de azar.A paixão ocupa nela
mais lugar do que a inteligência e até os mais devassos,os que viciam as cartas,ou dobram a parada,não sabem tanto como isso nem vêem muito longe,uma vez desencadeada a partida onde
se jogam os interesses dos outros...".
(Saint-Yves d´Alveydre,fundador da Sinárquia do século xx)

Pela primeira vez,os mesmos são os senhores de tudo o que se faz e de tudo o que se diz.Os senhores reinam no universo,tanto pelos seus enunciados ideológicos como pelo constrangimento
económico ou pela dominação militar que exercem.A figura ediológica que guia a sua práctica tem um nome anódino:"Concenso de Washington".Trata-se de um conjunto de acordos informais,de gentlemen agreements,concluidos ao longo dos anos 80 e 90 entre as principais sociedades transcontinentais,bancos da Wall Street,o Federal Reserve Bank americano e os organismos financeiros internacionais(Banco Mundial,FMI,OMC etc).Em 1989,John Williamson,economista chefe e vice-presidente do Banco Mundial formalizou o «concenso».Os
principios fundadores são aplicáveis a qualquer período da história,a qualquer economia,em qualquer Continente.Visam obter,o mais rapidamente possivel a liquidação de qualquer instância reguladora,estatal ou não,a liberalização mais total e mais rápida possivel de todos os mercados(de bens,de capitais,de serviços,de patentes,etc) e a instauração a prazo de uma stateless global governance,de um mercado mundial unificado e totalmente auto-regulado.O Concenso de Washington visa a privatização do mundo.
Eis os principios em que assenta.
A revista britânica the Economist não é propriamente um baluarte revolucionário.Contudo o seu
comentário sobre o Concenso de Washington é cheio de ironia:"Os anti-globalistas consideram o Concenso de Washington como uma conspiração destinada a enriquecer os banqueiros.E não estão inteiramente errados".

Para mais sobre o Concenso de Washington buscar em www.google.com

A globalização neoliberal e os seus resultados previstos pelo economista-autor Pierre Noel Giraud:
"Se as tendências actuais se prolongarem,o mais provável é que tenhamos um cenário no qual o crescimento dos países emergentes continuará a ser largamente fomentado pelo consumo dos países ricos,o que permitiria por sua vez que estes exportassem em massa para os países emergentes.Mas,como já vimos,este duplo movimento provoca nos países ricos uma concentração de rendimentos nos competitivos e o aumento das diferenças médias de rendimentos entre os competitivos e os protegidos,e consequentemente uma redução das classes médias.Não podemos sequer excluir que,no limite,uma boa parte da população,tornada «inútil»
porque não ocupada pelo sistema económico,se transforme numa plebe à qual será necessário
fornecer pão e divertimento.
Pergunta:voltamos então às previsões de Karl Marx?
De facto,podemos considerar que se trata de um cenário marxista.Ele fará surgir as tendências previstas por Karl Marx:empobrecimento progressivo e subconsumo,sobreacumulação de capital,com fenómenos de bolhas especulativas que são destruições periódicas maciças do capital.No fim de contas,encontramo-nos sempre perante uma alternativa para já inultrapassável,mas desta vez a nível mundial:Marx ou Keynes.

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