Order out of Chaos.Primeiro dividiram para reinar,agora do caos sairá a nova ordem.'Os fins justificam os meios' é também um dos seus motos. http://senhoresdomundo.blogspot.com/2005/06/os-senhores-do-mundo.html

Monday, April 16, 2012

Guerras Contra a Europa



"Os mais intensos afrontamentos(...),os choques mais perigosos no futuro podem provir da interacção da arrogância ocidental,da intolerância islâmica e da auto-afirmação chinesa" Samuel Huntigton in Choque de Civilizações-------------------------------------------------- "Organização imposta à Aliança Atlântica e que não é senão a subordinação política da Europa Ocidental aos Estados Unidos da América" Charles de Gaulle a respeito da OTAN (NATO)------------------------------------------------------------------------------------------- "Djiad(radicalismo islâmico)e McWorld(interesses americanos)têm um ponto em comum: eles estão,ambos,em guerra contra o Estado-Nação soberano(...)Djiad revolta-se contra McWorld mas é também sua cúmplice(...)Na realidade,estas duas dinâmicas,aparentemente opostas,parecem trabalhar secretamente para o mesmo objectivo,e o beneficiário não será a democracia". Benjamim R. Barber in Djiad Versus McWorld,Mundialização e Integrismo contra a Democracia -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A «guerra do Kosovo», intervenção «humanitária» baseada no «direito de ingerência», em contradição com o direito internacional, mais não fez do que desencadear a catástrofe que queria evitar.
Um ano depois, e graças a uma análise geoestratégica, Alexandre del Valle mostrou os objectivos reais da operação Força aliada(NATO) que se inscreve numa «guerra total» dos Estados Unidos contra o resto do mundo e mais especialmente contra a Europa.
Isso permite entender entre outros, para além da «guerra das representações», o apoio dado por Washington aos wahhabitas, os conflitos do Cáucaso, da Ásia central, do Kosovo e a operação Tempestade do Deserto, mas também a vontade americana de integrar a Turquia na União europeia e de apartar a Rússia.
Esta nova Ordem mundial, proveniente da «hegemonia benevolente» dos Estados Unidos, utiliza numerosos conflitos locais que opõem um ocidente dominado pelos Americanos ao «bloco ortodoxo» e leva a uma nova guerra fria.
A Europa vassalo voluntário desse sistema mas também cada vez mais vítima, pode aceitar este desafio?
Alexandre del Valle, tenta aqui uma síntese magistral de uma situação complexa e mal conhecida.Longe de incriminar ou julgar todo um povo(dos EUA),muito heterogéneo de resto,fundamentalmente isolacionista e pouco interessado na política internacional,o nosso objectivo é demonstrar que as classes dirigentes americanas-altos responsáveis políticos,industriais,financeiros,estrategas,profissionais da informação,até do mundo do espectáculo-estão animados,sobretudo após a Guerra Fria,por uma extraordinária "vontade de poder",uma forma de nacionalismo imperialista,provavelmente herdada tanto da Struggle for Life ou da sacralização puritana do sucesso material quanto ligada aos interesses e aos recentes sucessos económicos do Novo Mundo.Isto leva os dirigentes dos Estados Unidos a desenvolver uma autêntica estratégia de hegemonia à escala planetária.O facto de Washington ocultar,e é de boa estratégia,as manifestações coercivas da sua hegemonia global por detrás da moral universal dos direitos do homem,os "valores do Ocidente"(cada vez mais americanizado),o "direito da ingerência humanitária"(tal como no Kosovo),e até mesmo o novo conceito de "guerra humanitária",dispensará os observadores de porem em evidência o carácter unilateral,violento,desastabilizador,para o mundo inteiro,e cada vez mais antidemocrático,da política estrangeira americana? Como demonstraremos ao longo deste ensaio,a política externa dos Estados Unidos visa essencialmente perenizar a hegemonia americana,sem rival desde o fim da Guerra-Fria,e impedir o aparecimento de concorrentes geoeconómicos,princípalmente da Rússia e da Europa Ocidental.Está portanto em grande parte voltada contra os interesses das nações europeias.Conscientes de que um europa forte e independente estaria à altura de ultrapassar os EUA em todos os campos de poder,nomeadamente o económico,os estrategas americanos querem a qualquer preço evitar o mínimo despertar,matar no ovo a mínima veleidade de autonomia europeia,no caso de que alguns dirigentes mais lúcidos decidissem organizar uma Grande Europa Continental,reconciliando os seus "dois pulmões",ortodoxo e ocidental.Daí a vontade americana de enfraquecer e diliuir o continente europeu incluindo-em nome da OTAN-a Turquia na União Europeia(nota:estas linhas foram escritas em 2001)e por consequência afastando-a ainda mais da Rússsia(daí que a Rússia se virou para a China e os Brics),a fim de que a constituição de uma Grande Europa Continental independente e forte(ao contrário do que é a actual UE em 2015),susceptível de fazer concorrência aos Estados Unidos nunca veja o dia.Estratégicamente a Europa arrisca-se a pagar muito caro a factura da "ocidentalidade"(mais americana que europeia)e a Taxa estratégica do "Atlantismo",simples máscaras do seu enfeudamento aos Estados Unidos:dividida internamente,cortada em dois por uma nova "cortina de ferro" civilizacional e sócio-económica,e presa por tenazes entre um Sul islâmico radical e vingativo e um "Ocidente" americano hegemónico destruidor de identidades,a Europa não parece pronta para afrontar os sérios desafios do séculoXXI que podem muito simplesmente fazê-la desaparecer enquanto civilização plurissecular se não reagir muito depressa.(texto retirado de "Guerras Contra a Europa,livro de 2001)

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http://www.presseurop.eu/pt/content/article/437981-rumo-uma-eurotan

http://democraciapolitica.blogspot.pt/2012/02/grupo-bilderberg-nato-otan-desde-1954.html

http://truthseeker2473.blogspot.pt/2009/01/nato-jesuits-and-freemasonry.html


Os planos americanos de hegemonia global a seguir

http://rightweb.irc-online.org/profile/1992_Draft_Defense_Planning_Guidance

http://walt.foreignpolicy.com/posts/2012/01/09/why_the_new_defense_guidance_is_still_interventionist